Destino de Eduardo Cunha é em Curitiba,
diz Jarbas Vasconcelos
Para Jarbas, Eduardo Cunha terá o mandato cassado por quebra de
decoro mesmo após renunciar presidência da Câmara
Uma
das principais lideranças políticas do PMDB, o deputado federal Jarbas
Vasconcelos afirmou, por meio de nota, que o destino do deputado federal Eduardo Cunha é em Curitiba, em uma referência à
cidade onde estão mantidos os presos provisórios por decisão do juiz federal
Sérgio Moro na Operação Lava Jato.
Para o pernambucano, mesmo com a renúncia,Cunha será cassado por quebra de decoro
parlamentar.
"A
renúncia de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara, que deveria ter sido feita
há muito tempo, reduz a instabilidade política que o Brasil passa", diz
Jarbas. "Cunha terá seu mandato cassado por quebra de decoro. Depois
disso, o destino dele é em Curitiba, com o Juiz Sérgio Moro", continua.
Jarbas
Vasconcelos é um dos nomes cotados para assumir apresidência da Câmara.
Mas ele só deve disputar o cargo no início do próximo ano, para evitar um
mandato tampão que dure só até o final de 2015.
Leia
a íntegra da nota de Jarbas Vasconcelos sobre a renúncia de Eduardo Cunha:
Aconteceu
o que todas as pessoas de bom senso esperavam. O que todas as pessoas que
querem o bem do País desejavam. Quem acompanhou a política brasileira nos
últimos meses já tinha a certeza que este senhor, fragilizado por sua própria
história e atitudes, não tinha há muito condições nem de exercer seu mandato,
quanto mais presidir a Câmara dos Deputados.
Desde
que esta crise se iniciou, venho combatendo as ações destemperadas e por vezes
até paranoicas deste deputado, indiciado por vários crimes e autor de manobras
nocivas à democracia para se agarrar ao cargo.
A
permanência dele na Casa, mesmo afastado, era mais um fator para este mar de
incertezas políticas e econômicas que vivemos hoje. Não faz sentido o
Parlamento ficar paralisado por causa de uma pessoa. Há projetos a serem
apreciados, medidas a serem tomadas.
O
Brasil precisa voltar a caminhar para frente e não pra trás. A renúncia
de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara, que deveria ter sido feita há muito
tempo, reduz a instabilidade política que o Brasil passa. Agora, é importante
ressaltar que esse processo não se encerra com essa renúncia. Os trabalhos na
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara precisam seguir e a decisão do
Conselho de Ética ser ratificada. A decisão deve ser submetida ao
plenário da Casa e Cunha terá seu mandato cassado por quebra de decoro. Depois
disso, o destino dele é em Curitiba, com o Juiz Sérgio Moro.
Silvio Costa repete Jarbas e diz que Cunha
deve ir "para as mãos de Moro"
Deputado federal destaca que o destino do peemedebista está
selado: 'a cassação'
Silvio Costa afirma que Eduardo Cunha deve ir para as mãos de
Sérgio Moro
Divulgação
Há
muito tempo, os deputados federais Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Silvio Costa
(PTdoB) estão em lados opostos na política. No entanto, os dois convergem
quando o assunto é o destino do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que
renunciou nesta quinta-feira ao cargo de presidente da Câmara Federal.
Jarbas foi o primeiro a
se pronunciar e afirmou que o destino de Cunha é com o juiz Sérgio Moro.
Depois, a declaração foi reafirmada por Silvio Costa. "A vida de Cunha
está resolvida. Ele vai ser cassado no plenário e vai para as mãos de
Moro", declarou.
Defensor
da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), Silvio Costa disse que é preciso
ter muita cautela na escolha do sucessor de Cunha. "Que não seja ninguém
ligado a ele. Também não pode ser ninguém do PSDB e do PT por razões óbvias.
Não se pode premiar com a presidência da Câmara um poartido que lutou para
derrubar Dilma. E o PT não pode ser escolhido porque seu candidato não teria
chances", disse.
De
acordo com Silvio Costa, o momento não é para tratar de nomes. "Estamos
discutindo teses, mas queremos um deputado ficha limpa", setenciou.
Betinho Gomes:
renúncia foi última cartada de Cunha contra cassação, mas “destino dele está
selado”
Deputado federal Betinho Gomes. Foto: Lucio Bernardo Jr. /
Câmara dos Deputados
O deputado federal Betinho Gomes
(PSDB-PE), crítico do agora ex-presidente da Câmara
Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta (7) que a
renúncia do peemedebista ao comando da Casa não evita a sua cassação pelo
parlamento. “Essa foi a última cartada dele para evitar a cassação. Mas
não acredito que vá surtir efeito. O destino dele está selado”, diz Betinho Gomes.
Betinho, além de participar da Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde o processo contra Cunha é
debatido agora, é o único pernambucano no Conselho de Ética, onde há meses
atuava pela queda do ex-presidente da Casa. Segundo o tucano, Cunha só
renunciou ao perceber, nesta quarta (6), a total perda de controle sobre o
próprio destino: o marco foi o gesto do deputado federal Ronaldo Fonseca
(PROS-DF), que só acatou um de 16 pontos de nulidade levantados por Cunha. “Até
bandido tem direito a defesa”, afirmou Fonseca a jornalistas.
“Isso
foi o ‘canto do cisne’ de Cunha. Nem seus aliados, que lá atrás recomendavam
que ele renunciasse, hoje dão apoio. Agora o processo de cassação chegou a um
ponto que ninguém vai voltar atrás”, afirma Betinho Gomes, que também é membro
do Conselho de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
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